Novo Luar....
Rir-Vos...ou o que deixam, como quem finge não saber o que mata,
Em tudo o que é cada um dos segundos, cada fatia do que posso viver,
Cada momento de um sonhado apagar do inferno que me petrifica,
Cada vontade de vomitar este ódio nos cadáveres que estão ajoelhados,
Em altares que gozam dessa hipocresia...dessa hilariante putice....
Ver-vos andar...ou o que deixaram, no tempo em que os passos eram para trás,
Ter-Vos quando o não Vos ter será o que um dia sabereis, num qualquer Luar,
Cada palavra e cada mimo, cada sorrisso e cada lágrima...todos os abraços,
Tudo isso será um dia cravado, na carne viciada de quem a gruta decora com santos,
Olá, coisa fútil!, estarei de volta para ser aquilo que para sempre te irá assombrar...
Sentir-Vos olhar.... ou tudo o que não deixaram, o nó que amarra o que pudemos sentir,
Acender-vos em todos os segundos que se fizeram pavios do que não me deixaram acender,
Quando o que se deve está longe do que se pode e o que se quer nem sequer pode nascer,
E sento-me diante a Lua que esmaga qualquer filho-da-puta-caralho-que-se julga-cristo,
Fico com o meu amor que terá sempre o mesmo olhar de quem ama quem a ama....
Segurar-Vos a mão... nesses tenros passos – de quem descobre o mundo e o conquista. –
Entre quem aspira ser gente, sombras das ossadas do nefasto ter que viver e morrer,
E o que querem de mim?, sabendo o que posso Vos dar e o nada que vale o resto para mim,
Sabendo que não podem ter o que vêm, ou o que pensam saber ou o que julgam ter ou isso,
Sabendo – ahahaha- que vais arder nesse inferno que te levará essa gelada pequenhes....
Cheirar-Vos cada murmúrio...como quem respira, ciente da morte, o fim dum qualquer ar,
Depois uns odi'arte, quando tudo o resto é paisagem e não crece nem cai ou se transforma,
Ou se finge ou não se tem o que quer e podemos mas não temos e até somos o mais nada,
E compramos gritos novos e até temos um novo Tem Pena De Mim, e somos o mais nada,
Mas nesse espelho que tens de olhar, quando acordas, sabes que não passas de um cagalhão...
Ser-Vos o que sou e morrer no resto e voar para o que não sois e qualquer outra coisa,
Fechando os olhos quando, numa paragem, cabras com cio pastavam -ops!, disse cabras ?? - ,
Quando voamos sobre o vulgar e julgamos aterrar no mais requintado e doce e eterno atol,
Mas para sempre e nunca, o nunca será para sempre ou tão pouco será um mero sonho,
....Porque para sempre, apenas o Luar,este meu Luar....